segunda-feira, 19 de abril de 2010

Semana 7. Profissionais e programas. Garotas de programas.

Bem amigos do Design, estamos de volta com mais uma rodada de muito conhecimento útil para ser dividido entre todos. Ou, na versão traduzida, mais uma postagem enrolando, enrolando, enrolando e enrolando.

Mas olhem o lado bom: faltam somente trinta e seis semanas para o fim do ano. São mais trinta e seis postagens apenas enrolando. Se considerarmos que, dessas trinta e seis semanas, podemos ignorar quatro, que serão ou feriados ou dias em que vamos emendar feriados, quatro que serão durante as férias de julho, e mais quatro das férias de dezembro, em que só atualizará o blog quem estiver de recuperação, o que não irá ocorrer com ninguém da nossa turma, faltam apenas vinte e quatro postagens obrigatórias para serem feitas... Isso vai passar voando.

Após esse pequeno epílogo, vamos ao que interessa: o intervalo para o lanche... Não, não, quero dizer, vamos ao assunto de hoje, que é muito importante. Na verdade, é tão importante que não sei como não postei nada sobre isso até agora. Um grande lapso meu que será resolvido agora, nessa postagem. Vamos falar de dinheiro. Sim, pobres mancebos. Hoje o assunto será sério, para que ninguém fique pensando que sou um palhaço que está fazendo o curso apenas para tumultuar as aulas contando histórias sobre como utilizar um diploma para ter acesso a celas individuais em caso de problemas com o judiciário. Bem, na verdade eu sou mesmo esse palhaço, mas ninguém tem nada a ver com a minha vida, a não ser que você seja minha mãe ( pare de ler isso aqui e vai ver novela, mãe ) ou minha namorada ( te amo, Estela, já estou com saudades, não te vejo desde ontem ).

Por que um dos problemas para o designer iniciante é: quanto cobrar? Temos muitos exemplos de clientes que, ao receberem o projeto de inclusão no mundo virtual, sempre acha caro o preço para montar o site ou seu logotipo, e acaba falando as famosas frases que sempre ouvimos ( alias, eu nunca ouvi essa frase por que nunca montei site algum ou logotipo algum ): “ah, eu tenho um sobrinho que mexe com computador, vou deixar essa parte para ele fazer”, ou senão: “nossa, tudo isso só para fazer um desenhinho?”.

Bem, farei uma analogia com nossa futura profissão e a profissão mais antiga do mundo, afinal temos algumas coisas em comum:

1. O designer rende mais à noite e nunca tem hora pra sair. A prostituta também.
2. Ele é pago pra fazer o cliente feliz. Ela também
3. O cliente gasta uma grana, mas seu empregador fica com quase tudo. No caso dela, também.
4. O designer é recompensado quando realiza os sonhos dos clientes. Ela também.
5. Os amigos do designer começam a se afastar quando ele passa a ir pro bar com outros designers. Os amigos dela também.
6. Quando o designer tem uma reunião com um cliente, ele tem que engolir tudo ou quase. Já ela… bom… talvez cobre a mais por isso.
7. Quando o designer chega em sua casa parece que ele está voltando do inferno. Ela também.
8. O cliente sempre quer pagar menos, mas espera coisas incríveis do designer. No caso dela, também.
9. Quando as pessoas perguntam sua profissão, o designer sempre tem uma certa dificuldade em responder. Ela também.
10. Todo dia que o designer acorda, ele diz: “Eu não vou passar o resto da minha vida nisso”… A prostituta também!

O que tem a ver essas coincidências com o texto que eu estava postando? Nada, na verdade, mas achei engraçado. E para ser sincero, essa descrição serve tanto para designer, jornalista, publicitário e varias outras profissões. É só buscar no Google “semelhanças com prostitutas” que aparecerão vários exemplos. Mas como o blog chama – se “O mundo encantado do Design”, e não “O mundo encantado do jornalismo, ou dos publicitários, ou qualquer outra profissão dessas”, se você não é design pode ir saindo daqui, que não farei piadas com outros ramos profissionais para ser processado depois.

Bem, voltando ao assunto principal ( o assunto é dinheiro, e não putas, seu pervertido ), a dúvida é: como cobrar e quanto cobrar?

Uma coisa para pensar é que existem vários níveis profissionais. Temos o designer de beira de estrada, que trabalha para qualquer um a qualquer preço, e o designer mais bem servido pela natureza, que trabalha menos, cobra mais, pode se dar ao luxo de escolher com tranqüilidade o serviço, e ainda pagar o táxi ou atender em seu próprio local e abater do cliente sem ouvir reclamação.

A dúvida é que tipo de profissional você é ou quer ser. Pois o mercado não perdoa. Se começar muito barato, fazendo muitos serviços a preço baixo, talvez o volume de serviço necessário para cobrir suas contas tenha que ser alto. E fazendo muito, nem sempre é possível fazer bem. E uma vez rotulado como “aquela cara que cobra baratinho”, dificilmente se consegue subir no padrão profissional, pois o cliente que pagou pouco hoje, vai te recomendar para outro cliente que também vai querer pagar pouco amanhã, e assim por diante. Quando notar, com tantos clientes pagando pouco e trabalhando muito, você vai acabar com um belo rombo. Na sua vida social ou na sua conta, não estou falando do mesmo tipo de rombo daquele ramo profissional que usei na comparação, pode ficar despreocupado, viu? Ou não, sei lá sua preferência.

Faça seu preço, e se achar que vale, não deprecie muito seu trabalho. Afinal, dinheiro não é tudo na vida e nem traz felicidade. Me entregue seu dinheiro e seja feliz.

Bem, hoje enrolei demais, bem que minha professora podia liberar a postagem da semana que vem, afinal, olha o tamanho desse texto. Estou ficando bom nisso de enrolar.
Por hoje é só pessoal. Até semana que vem. Ou não.

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