segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord

Como fazer um relatório de algo que não entendi, não gostei e não me interessa? Bem, acho bom começar pela sinceridade de falar que não achei nada produtivo duas aulas vendo um filme chato, com linguagem arcaica e sem padrão estético agradável aos espectadores.

Por isso que os intelectuais não passam disso: intelectuais, cuja produção não passa das salas de aulas e não atinge nada mais que outros iguais a eles. Como falar sobre a sociedade do espetáculo com um filme de estética tão pobre e sem qualidade visual? Qual o interesse em apresentar algo assim para alunos de design? Se o objetivo era mostrar como não fazer algo, parabéns. Objetivo alcançado.

É dessa maneira que o autor ( ou o diretor desse documentário ) espera mostrar ao proletariado como a burguesia usa os meios de comunicação para aliena-los com celebridades, atores e políticos, ou as mensagens publicitárias que indicam um estado eterno de felicidade e ousadia imaginários? Com um filme em que a única sensação que ocorreu com a maioria da classe foi o tédio, a vontade de dormir ou de assinar a lista e ir embora? Como disse antes, por isso que ele não passa disso, um intelectual de univerdade, muito discutido entre seus iguais, mas sem alterar o preço do dólar ou fazer qualquer efeito no resto do mundo real.

Falo isso como um representante do público médio ( ou médio pra baixo ), que foi obrigado a ver um vídeo sem sentido ( na minha tacanha opinião ), sem nenhum atrativo, e sem nenhuma utilidade prática notada por mim para utilização no mercado de trabalho ou no decorrer do curso.

Aliás, deve ser muito produtivo trabalhar em um mundo capitalista ( não sei se já notaram, mas o socialismo está meio falido ) e apresentar para futuros profissionais que trabalharão com mídias uma proposta em que se critica a comunicação de massa, sendo que tudo leva a crer que o maior meio de comunicação de massa do futuro será a net.

Se “quando o mundo real se transforma em simples imagens, e as simples imagens se tornam seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico”, como disse Debord, o que ele pensa da net? Em que o virtual parece real? Não sei, porque no filme não se fala. Fala de práticas desatualizadas e antigas para um pessoal que tende a pensar no futuro.

Sim, vivemos na sociedade do espetáculo, que é parte da modernidade. Mas sempre foi assim, desde os egípcios, passando pelos romanos e até hoje. Talvez o espetáculo seja a sociedade.

E eu não falei nada mais do filme, porque não entendi mais nada dele. Culpa minha? Talvez. Mas também é culpa de quem não soube passar o conteúdo de maneira a torna-lo intessante e atraente para uma pessoa quase normal, e que não estuda ou tem interesse em estudar esse material. Processe o diretor do documentário. E eu também farei isso, pois ficarei com a nota baixa graças a ele. E a minha falta de vontade, é claro.

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